O QUE É O AMOR?
Amor, um sentimento que poetas,
escritores, pintores, compositores e muitos outros tentaram definir, mas como
definir algo que não possui forma, não possui regra?
Eu acredito que existem dois
tipos de amor: um incondicional e outro nem tanto.
O amor incondicional, como o
próprio nome diz, não tem uma condição para ser sentindo, não precisa de uma
causa/ consequência. Não é racional. É instintivo. É o amor maternal, que ama
acima dos defeitos.
O outro tipo de amor, necessita
de uma condição para existir. É o amor racional. O amor carnal. Não depende só
da alma, mas também da lógica para ser sentido. É o amor que nasce de um
relacionamento, e por não ser instintivo depende das trocas cotidianas para
continuar a existir.
Por isso não acredito em almas
gêmeas. Ninguém nasce para ser de uma só pessoa, pois ao longo da vida nos
apaixonamos várias vezes e também nos “desapaixonamos” outras tantas. Se almas
gêmeas existissem, nossa vida seria mais fácil, não iriamos sofrer por amor.
Saberíamos quem seria nossa outra metade e iriamos ao seu encontro, tendo isso
como meta de vida.
Quem nunca ficou em dúvida entre
dois amores? Quem nunca traiu?
Muitas pessoas casam com o
primeiro namorado. Começam desde cedo uma caminhada de valores próximos:
estudam no mesmo colégio, frequentam o mesmo clube, têm os mesmos amigos....
Muitos não se casam nem com o décimo namorado, são pessoas inconstantes que
buscam sempre evoluírem... não existe regra, não existe certo ou errado, o que
existe em um amor racional é a afinidade de valores.
É gostoso passar a noite
conversando sobre assuntos que ambos gostam, existe sintonia. Existe
solidariedade quando um já passou pelo que o outro está passando e por isso
consegue compreender e tolerar. Existe respeito pois ambos têm os mesmos
valores e, são essas coisas que fazem o amor perdurar.
Pessoas diferentes podem até ter
um relacionamento longo, mas viverão em um caos. Será um “casamento de
aparência”, e passar a vida vivendo para agradar aos outros, para mostrar que
sua vida é o que não é, deve ser muito cansativo e frustrante e, tudo que é
frustrante traz tristeza.
Casais compatíveis sabem
envelhecer juntos. A mulher vai ficando menos atrativa e o homem mais “calmo”. As
noitadas acordadas nas baladas, passam a serem entoadas pelo choro das crianças
novas, depois, essas crianças crescem e é a vez deles irem para as baladas e o
sono continua a ser interrompido na hora de ir busca-los. É um sucessão de
eventos e ciclos que fazem parte desse relacionamento e que não o deixa cair na
rotina. Pais que negligenciam estas fases estão fadados a não terem sucesso em
seus casamentos, pois a rotina acaba com tudo.
No amor racional, não existe um
regra, mas existe sempre uma condição, uma troca. Diferente do amor materno,
que é irracional. No amor racional, não adianta forçar a barra, achar que vai
fazer o outro feliz porque você vai ser feliz com as vantagens que o outro pode
lhe proporcionar. A troca tem que acontecer. Senão o fracasso é certo.
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