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de Dezembro: DIA DOS DIREITOS HUMANOS
No ano passado um doido colocou
na cabeça que eu era namorada dele, sendo que eu nem sabia que ele existia, ele
não era meu amigo nem de Facebook e eu nunca disse um simples "oi"
pra ele.
Ele
acreditava que as fotos que colocava na capa do meu perfil ou alguns textos que
eu escrevia e eram compartilhados por pessoas que tínhamos em comum e, por isso
ele conseguia ler, eram para ele. Se eu colocasse uma foto de uma fazenda
chamada Boa Esperança, ele, na mente doentia dele, traduzia que era para ele
não perder a esperança. A loucura dele chegou a tal ponto que, após ele me ameaçar,
fui vasculhar meu face para ver se não tinha mais mensagens ou perfis dele. Tem
um local no Messenger que vão as mensagens das pessoas que não são suas amigas
e ali encontrei mais três perfis do maluco, em uma dessas mensagens ele me
pedia perdão por me fazer sofrer por 12 anos, pois ele sabia que eu o amava e
ele estava largando da esposa por causa disso. Como eu já disse: eu nunca falei
com o maluco, eu nem sabia que ele existia, tanto que suas mensagens iam para a
caixa das pessoas que não são minhas amigas de face.
Ele
sabia que eu não queria nada com ele, afinal nunca respondi suas mensagens. Em
outra mensagem ele escreveu que havia algo na minha foto de perfil que só ele
tinha visto e que era para eu perguntar para ele o que era. Claro que não
perguntei. Um tempo depois descobri que isso era uma dica de um youtuber que
ensina como conquistar as mulheres.
Quando
ele percebeu que eu não era namorada dele, pois nunca havia falado com ele, nem
respondido suas mensagens, ele começou me ameaçar via Facebook, dizendo que eu
tinha acabado com a vida dele, que eu tinha iludido ele, que ele tinha largado
da esposa por minha causa... Como eu disse, eu nunca havia falado com esse louco, nem sabia de sua existência... Só
descobri que esse maldito existia, quando nesse dia das ameaças ele me mandou
mais de 40 mensagens me ameaçando, dizendo que eu tinha que consertar o estrago
que havia feito na vida dele. Como você pode estragara a vida de uma pessoa que
você não sabe que existe, que você nunca falou,...
Vamos
ser sinceros, o cara é doido, mas não é bobo. Se eu fosse feia e pobre, acha
que ele iria fazer esse drama todo??? Claro que não!!!
Bloqueei o perfil dele, achei que isso iria
me dar paz. Ele tinha mais três perfis, resolvi apagar minha conta no Facebook e
ele começou a me seguir na rua. Fui na delegacia fiz um BO, que não deu em
nada, pois a promotora entendeu que aquilo não se tratava de um crime, o réu
era primário e com bons antecedentes, por isso resolveu pedir o arquivamento do
processo.
Por causa disso parei de fazer minha
caminhada, fiquei meses sem saber notícias dos meus amigos pois apaguei meu
face. Parei de sair em Bebedouro com receio desse maluco fazer algo ruim comigo.
Passado mais de um ano resolvi abrir meu
face, não coloco mais foto do meu rosto e se coloco estou de costas, tirei meu
sobrenome, só assino Ana Paula, que Graças a Deus é um nome comum. Voltei a
escrever na minha página de viagens. Achei que o maluco havia entendido que eu
não queria nada com ele. Ledo engano.
Como minha página pessoal não tem meu sobrenome
e nem minha foto de rosto, ele não conseguia me achar, e também por eu ter
bloqueados todos os perfis dele. Porém, ele encontrou minha página que escrevo
sobre as viagens que faço, ele deve ter procurado nos perfis da minha mãe,
irmã, (ou sei lá de quem)... as páginas que elas curtem ou seguem e, assim, encontrou
minha página de viagens “Paulinha Viajando Sozinha” e voltou a me incomodar.
Minha página de viagens não é um perfil,
não tem como bloquear as pessoas, é obrigatoriamente pública.
Levei o caso novamente à justiça, mas infelizmente
nossa lei acredita que um simples “boa tarde” de um maluco que tem uma obsessão
em mim e, que já chegou inclusive a me a emaçar por conta disso não configura
um delito e não é culpa dos profissionais da justiça pensarem assim, afinal VÍTIMAS
E POLICIAIS NÃO TÊM DIREITOS HUMANOS, APENAS OS BANDIDOS TÊM.
Essa história é verdadeira. Não aconteceu
em São Paulo, no Rio de Janeiro ou em outra grande cidade, aconteceu em uma
pequena cidade do Estado de São Paulo chamada Bebedouro.
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