COMPANHIA DE VIAGEM E DE VIDA

Foto: Catedral de São Luís do Maranhão (arquivo pessoal)

COMPANHIA DE VIAGEM E DE VIDA

Hoje a mulher de 40/50 anos é a mulher de 30 de gerações passadas. Aquela que ainda tinha a ilusão de encontrar um amor é formar uma família.

Os homens também estão nesse processo lento de amadurecimento. Homens de 30/40 anos ainda são adolescentes que não se sentem seguros para assumir uma família e continuam aproveitando a vida em festas e baladas.

Talvez seja por conta dos estudos, que diferente de décadas passadas onde uma pessoa que conseguisse chegar ao colegial já tinha muito estudo, hoje além da faculdade existe a pós graduação, especialização, a possibilidade de cursar e trabalhar no exterior e, tudo isso com uma família, filhos, fica um pouco mais complicado.

Se tornaram homens bem sucedidos e solitários. Buscam em festas e mulheres algo que os complete, mas esse prazer é efêmero e, por mais que dure uma noite toda, até o dia clarear, no dia seguinte vem o tédio de ter que esperar mais um final de semana para a vida acontecer.

Passam-se décadas e a vida continua monótona. Até que os companheiros casam e para não ficar sozinho, resolve também casar. E pega a primeira que passa pela frente e já começa morar junto, pelo menos não vai deixar de viajar com os amigos nas férias quando eles levam as namoradas.

E sempre fica aquela coisa: mulheres de um lado, meninos de outro. Diferente de antigamente que viajavam a família: pai, mãe, filhos, e até mesmo os avós, que iam para ajudar a olhar os netos para os pais poderem aproveitar um pouquinho a sós a viagem .

Mesmo depois que nascem os filhos, as viagens continuam sendo com os amigos. Parece que têm receio de ficarem sozinhos com as esposas, com medo de verem como ela é de verdade e, geralmente, quando ficam percebem a escolha errada. E aí a vida cobra as horas de balada e a escolha da companheira às pressas. E o que foi sonho torna-se pesadelo.

Aproveitar a vida é bom. Deve ser bom ter vários relacionamentos esporádicos, sem pressão, mas toda escolha tem um preço: um casamento infeliz, um divórcio ou uma velhice solitária.

Achar a mulher certa. Aquela que você tem certeza que é sua outra metade, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza é a probabilidade​ de um futuro feliz.

A mulher certa não é a que vem fácil, não que ela seja difícil, mas o medo de ela não lhe querer impede que você a tenha. É aquela que você sonha todo dia criar coragem para falar um oi. É aquela que você quer contar seu dia, acomodar ao seu lado e saber que quando estão a sós pode ser uma aventura, pois a presença dela faz a adrenalina acelerar seu coração.

É a mulher que você admira. Que você acha engraçada e que lhe passa a segurança para deixar de ser adolescente e se tornar um homem.

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