MOCHILANDO PERU/ BOLÍVIA 2014

Quando fazia arquitetura um grupo da faculdade resolveu fazer um mochilão, saindo de São Paulo e indo até o Peru, passando pela Bolívia no famoso Trem da Morte. Claro que minha mãe não deixou e, quase 20 anos depois, eu fui sozinha fazer essa viagem. Não peguei o trem da morte, fui de avião até Lima (Peru) e por terra até Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), onde peguei outro voo e retornei ao Brasil.
Cheguei em Lima e fiquei no Hotel Gran Bolivar, próximo ao centro histórico, de onde fui a pé visitar a Plaza Maior ou de Armas, local que ficam o Palácio do Governo e a Catedral de Lima e, andando mais um pouco, cheguei ao Convento de São Francisco. O centro além dos prédios históricos possui um bom comércio que fica aberto até mais tarde, como o outlet da Puma e lojinhas com souvenires.
No dia seguinte visitei o mirante do Parque do Amor; o Casino; almocei no Shopping Larcomar; fiz compras de lembrancinhas nos mercados da Av. Petit Thoaurs (mas no centro é bem mais barato), fui até o Museu Nacional de Arqueologia, Antropologia e História de Lima (bem longe, cerca de 40 minutos de taxi) e, enquanto esperava o espetáculo das águas dançantes no Parque da Reserva, aproveitei para conhecer o Centro Comercial Polvos Azules, que é tipo uma 25 de marços, só que em forma de mercado, com milhões de tênis, camisetas, etc...
No meu terceiro dia de viagem fui ver as ruinas de Huaca Pucllana, um centro cerimonial pré-colombiano com uma pirâmide de barro de 25 metros de altura no meio da cidade de Lima. Depois, fechei a conta no hotel e fui para a rodoviária, onde peguei o ônibus até Cuzco.
A viagem de Lima a Cuzco de ônibus dura mais de 20 horas, mas o ônibus leito da Empresa Cruz del Sur (www.cruzerodelsur.com.br) é melhor que avião, os bancos são reclináveis, tem serviço de bordo, e a cadeira é sozinha, ou seja, fica entre a janela e o corredor, além de ter serviço de wi-fi e um tablet com filmes e jogos. Mas o melhor é que, ao chegar em Cuzco não se sente o soroche, ou mal da altitude, que deixa o viajante um dia inteiro indisposto e, por causa do soroche, muitos estabelecimentos, como hotéis e restaurantes oferecem chá e balas a base de coca, que possuem um gosto horrível.
À tarde deu para conhecer todo o centro histórico de Cuzco: a Plaza de Armas, onde ficam a Basílica Catedral de Cuzco e muitas lojinhas ao seu redor; da mesma praça sai um bondinho (tranvia) que vai até o templo Sacsayhuaman. A poucas quadras da Plaza de Armas, na Avenida El Sol, ficam o templo Qorikancha ou Koricancha (Convento de Santo Domingo) e o Centro Comercial de Cuzco, onde se pode comprar artesanatos, mas o centro de Lima ainda é o local mais barato.
No 5º dia de viagem, fui ao famoso cerco arqueológico de Machu Picchu, são 5 horas de Cuzco a Machu Picchu, primeiro pega-se uma van que vai até o terminal de ônibus, de ônibus segue até a estação ferroviária de Ollantaytambo, onde se toma o trem até a cidade de Águas Calientes, que possui uma enorme feira de artesanatos e de lá saem ônibus até as ruinas. Machu Picchu é enorme e é necessário um guia para explicar todo o cerco.
No sexto dia fui conhecer o Vale Sagrado dos Incas, que fica em torno do rio Urubamba, e esta excursão de dia inteiro possui 5 paradas: Feira de Ccorao, Pisac, almoço em Urubamba, Ollntaytambo e por fim Chinchero. Particularmente eu gostei mais do Vale Sagrado que de Machu Picchu, acho que minhas expectativas superaram a realidade, mas valeu conhecer.
No 7º dia peguei um ônibus turístico excelente (www.inkaexpress.com.pe), do mesmo tipo de Lima a Cuzco (os ônibus no Peru são muito bons), que me levou de Cuzco a Puno, última cidade do Peru, fronteira com a Bolívia, ás margens do lago Titicaca. A distância de Cuzco a Puno são de quase 400km, e de ônibus levam cerca de 12 horas de viagem, porém vai parando nos principais pontos turísticos e arqueológicos do trajeto: Andahuaylillas (que possui a Igreja de São Pedro, que é conhecida como a capela Sistina das Américas); almoço em Sicuani; Raqchi com o templo de Wiracocha, o mais alto das Américas do cerca de 25 metros de altura; La Raya que possui uma feirinha de artesanato e por último Puno. Quando cheguei em Puno estava tendo um carnaval fora de época, bem diferente do nosso.
No 8º dia fui de Puno a La Paz, atravessando o lago Titicaca e passando por Copacabana, a cidade boliviana que margeia o Titicaca, e onde se encontram milhares de mochileiros de várias nacionalidade e idades, onde aproveitei para almoçar e conhecer a igreja. De Copacabana até La Paz, o ônibus mais parecia um circular, os bancos eram de plástico e tinha que viajar com os vidros abertos pois nem ar condicionado existia no veículo. Os postos de parada na rodovia na Bolivia não possuíam água encanada e após usar o vaso sanitário pegava-se um balde de água dentro de um latão e jogava nos excrementos, e nesse latão também era onde se lavavam as mãos.
Cheguei em La Paz de manhã, fiz o check-in no hotel e fui conhecer a cidade, não tem muito para ver e tudo fica no centro, bem pertinho, dá para ir andando: Plaza de Armas (onde ficam o Parlamento e a Catedral de la Paz); a Igreja e Museu de São Francisco, o Mercado de las Brujas (que na realidade são lojinhas espalhadas em uma rua com todo tipo de incenso, vela, e outros tipos de objetos para rituais) e a calle Murillo, onde se pode comprar artesanatos a um bom preço, inclusive malhas de lã de alpaca.
No 9º dia fui de ônibus de La Paz, até Santa Cruz de la Sierra. Santa Cruz de la Sierra não tem muito o que fazer, só a praça central onde fica a Catedral Metropolitana e uma arquitetura bem típica colonial espanhola, onde as varandas dos sobrados fazem uma cobertura nas calçadas, protegendo os transeuntes da chuva e do sol. De Santa Cruz de la Sierra peguei o avião e voltei para o Brasil.
Com este post encerro os países da América do Sul, pois conheci Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Perú, Uruguai e Paraguai (o qual eu não comentei). As Guianas e Equador eu não tenho muita vontade de conhecer e a Venezuela vou esperar mudar o governo.

Peru/Lima - Plaza de Armas